Publicado por: Amauri Nolasco Sanches Junior e Marley Cristina Felix Rodrigues | 1 de dezembro de 2015

Direitos ou privilégios

No “tio” Google, privilégio que dizer um favorecimento de um indivíduo ou um grupo em cima dos demais cidadãos. Direito é um conjunto de normas que são para regulamentar a sociedade a aqueles, que supostamente, não tem acesso a algumas das necessidades. Quando as pessoas estão sendo privilegiadas e quando elas só estão exercendo seu direito? Privilégio é o cara ou um grupo de pessoas receber um favor ou um beneficio sem merecer, como por exemplo, inúmeros cargos que são dados as pessoas que são filiadas em algum partido ou de parentesco. Agora, os direitos – embora acho que o direitos só é uma falacia do Estado para te fazer crer que você está sendo reconhecido – é com decretos dar a umas das minorias algo que possam usufruir como uma divida social paga pela discriminação e é uma forma de educar a sociedade, como a Lei de Cotas que obrigam as empresas a contratar 5% das pessoas deficientes. Acontece que há uma distorção em várias maneiras de enxergar isso, que como não temos um ensino de verdade aqui, vira uma coisa privilegiada ou uma coisa somente de minorias.

Na verdade existem algumas coisas que devem ficar bem claras dentro do cenário inclusivo e no cenário do que chamamos de minorias – na verdade não acredito em minorias porque esse termo é uma artimanha da esquerda de provar sua guerra de classes e nem sou de direita ou de esquerda, então, não faz sentido um anarquista ser de esquerda, se tiver, é um canalha e não entendeu o anarquismo – porque está havendo distorções inúmeras dentro do cenário. Aonde que 2% de vagas em um estacionamento é um privilégio? Se for um privilégio o que levamos desse privilégio que não sei? O favorecimento seria se metade do estacionamento fosse destinado a só se restringir à essas vagas, mas 2% é apenas uma esmola que o governo fez para agradar uma parcela muito discriminada. Duvida? Existe a Lei de Cotas de pessoas deficientes nas empresas e ainda, as empresas burlam, por se acharem “vitimas” ou obrigadas a contratar pessoas deficientes. O que elas fazem? Elas ou contratam as pessoas deficientes cadeirantes e ficam atormentando as pessoas até errarem – que já vi isso acontecer – ou simplesmente, contratam deficientes que tenham deficiência leve e tenham boa fala, boa aparência ou boa locomoção, o que é raro dentro do meio.

Vamos ampliar o parênteses para explicar o meu raciocínio dentro das cotas de deficientes dentro de uma empresa, vou fazer de forma didática. Também penso que as pessoas deficientes deveriam vencer pelos seus próprios méritos, por estudar (o que a maioria não faz porque não quer), por ter um motivo de sempre se envolver dentro da sociedade. Ora, mas houve séculos de estereotipo de não perfeição e perfeição, foram séculos achando que nós não somos aptos a vivermos dentro de uma sociedade, foram séculos nos trancando num porão que hoje, com toda essa tecnologia abundante, não faz o menor sentido. As pessoas deficientes podem estudar, as pessoas deficientes podem trabalhar, podem namorar, podem casar, podem morar sozinhas, podem viajar, podem tudo que todas as pessoas fazem. Mas como estamos numa cultura atrasada, os empresários tem aquela visão antiga que as pessoas deficientes não estão aptas ao trabalho e as pessoas deficientes não podem fazer o que as outras pessoas podem. Mas por outro lado, isso é alimentado pelas próprias pessoas deficientes por se acharem inferiores, não quererem estudar, não quererem frustrar a família, não quererem evoluir na vida, porque ficam estagnados em uma coisa só. Nada de errado, cada um faz da vida o que quiser fazer, mas a partir do momento que você escolheu essa vida a sociedade toma como padrão para todos os deficientes. É fato, não tem como negar.

Soa quase como uma piada da Praça é Nossa – não tem graça e só o apresentador ri – achar que as pessoas deficientes tem algum privilégio num país que em muito, temos um direito de tomar um sorvete. Fora outras discriminações que sempre achamos nesse mundo afora que não deixa as pessoas raciocinarem, não deixam as pessoas transcenderem uma cultura que além de ser atrasada, além de achar que somos inúteis, ainda acham que o mundo se reduzem somente em seus estereótipos e em seus preconceitos. Porém, as pessoas deficientes (algumas), pensam que estão atrapalhando, que estão numa família erradamente, que não podem fazer as coisas porque puseram isso na suas cabeças, isso é triste. Você colocar dentro de uma sociedade que as pessoas deficientes recebem privilégios por serem deficientes é só uma afronta de um Estado que te discrimina, arma todo um estereótipo em montar na sociedade uma imagem inútil e você deve doar para uma entidade para ajudar crianças que deveriam estar inseridas dentro da sociedade, que nós deveríamos ser trancados nessas mesmas entidades – que não tratam, não fazem nada pelo nosso bem estar – e ficam com discursinho hipócrita contra um outdoor que é uma imagem que o próprio ESTADO construiu. Se você apoiar um Teleton, você apoia sim que uma vaga de estacionamento é um privilégio porque você apoia o arcaico, você apoia a imagem de pessoas deficientes que tem que ser tuteladas por entidades ou outras pessoas. O que fazemos para mudar isso? Nada. Sempre achamos que o partido da nossa causa tá errado, sempre achamos que o movimento X é fascista, que movimento Y é metido, que o movimento do fulano é isso ou aquilo, e nos esquecemos de algo muito importante, união e respeito mútuos.

Amauri Nolasco Sanches Junior, 39, publicitário, TI e escritor/filosofo e escreveu Liberdade com Deficiência e agora O Caminho, pela Amazon.

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